Mais alguns destaques NFT

destaques NFT
Tyler Hobbs - Fidenza

Hoje veremos alguns destaques NFT. Tem sempre alguma coisa acontecendo dentro da criptosfera e no nosso bate-papo teremos iniciativas bem legais para enfrentamento de epidemias com o uso da tecnologia, a entrada da primeira marca de móveis e decoração no universo dos NFT’s e alguns casos um tanto obscuros para reflexão.

A Sthorm, um laboratório de tecnologia e impacto com sede em São Paulo, apresentou, semana passada, em Nova York um projeto de arte coletiva em NFT em um dos eventos mais importantes da área, o Blockchain Central UNGA, da Assembleia Geral das Nações Unidas. De acordo com informações do Cointelegraph “centenas de produções serão leiloadas ao mesmo tempo para financiar pesquisas que possam prevenir ou mitigar pandemias e epidemias por meio de outra iniciativa da Sthorm: o Global Pandemic Shield (GPS)”.

destaques nft

Ainda de acordo com o site, a Sthorm reúne um time global com o propósito de descentralizar a produção de conhecimento do sistema financeiro, e de garantir o acesso às descobertas científicas ao maior número possível de pessoas ao redor do mundo, com os custos mais baixos. Como parceira do HCFMUSP (Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP), maior complexo hospitalar da América Latina, conseguiu, por meio da plataforma Viralcure, arrecadar mais de R$ 32 milhões para o enfrentamento da pandemia.

Como destaca Pablo Lobo, sócio da Sthorm e fundador do GPS, “Não nos interessa o lucro astronômico que ativos digitais vêm proporcionando de forma vazia. Queremos canalizar todo esse potencial para dar acesso à saúde, cultura, ciência, tecnologia e inclusão financeira a quem mais precisa ao redor do mundo. É tempo de recuperar o controle de nossa própria saúde. É hora de curar a ciência. É ela quem está doente, completa Lobo”.

A Nomanzi Furniture, marca iraniana de móveis e decoração, entrará para o mercado de NFT’s. Em parceria com a Kaya Collection, uma coleção privada com foco em arte moderna, contemporânea e digital. Ambas pertencem ao empresário Emir Kaya e de acordo com o anúncio feito, a ideia é que os projetos mais exclusivos da Nomanzi serão digitalizados e incorporados à coleção Kaya e algumas peças da coleção (Kaya) serão fonte de inspiração para novos produtos da Nomanzi. As duas empresas irão se retroalimentar.

Mas nem tudo são flores. Tivemos recentemente dois casos de uso de informações privilegiadas, por parte de funcionários, para a aquisição de NFT’s. O primeiro ocorreu na plataforma OpenSea, onde algumas obras eram adquiridas antes mesmo de serem listadas no site. O chefe de produtos “supostamente” possuía várias carteiras digitais secretas e adquiria os NFT’s antes dos anúncios, por preços mais baixos, e se aproveitava da valorização que os itens ganhavam depois dos anúncios para ficar com os lucros.

O segundo caso aconteceu na ArtBlocks. Durante o processo de análise da obra da artista brasileira Monica Rizzolli, um funcionário adquiriu uma outra obra dela, que havia sido cunhada na plataforma Foundation, apenas uma semana antes do anúncio público da incorporação dos trabalhos da Mônica. De acordo com a plataforma, durante a “rede de testes”, que é quando a ArtBlocks testa o algoritmo da obra para verificar a sua qualidade, o funcionário teria se interessado pelo trabalho e adquiriu a outra obra que estava disponível e isso, por se tratar de um caso isolado, não seria algo tão sério. Mas hoje sabemos que essa série da Mônica foi um sucesso de vendas e seus trabalhos estão bem mais valorizados.

Outro caso, mas agora de pirataria, foi denunciado pelo artista generativo Tyler Hobbs, que é o criador da popular série de NFT’s generativos “Fidenza”, na rede Ethereum. De acordo com Hobbs seu algoritmo foi utilizado, sem autorização, num projeto chamado “SolBlocks”, na rede Solana. Neste caso não foi uma cópia do resultado final, mas do código, o que para o artista é parte intrínseca da obra.

destaques

A OpenSea proibiu seus colaboradores de comprar NFT’s antes do anúncio público. Situações como essas, infelizmente, não surpreendem; a rede é feita por pessoas, com suas bençãos e maldições. Elas levantam discussões importantes sobre regulamentação, transparência e limites. Mas principalmente nos forçam a encontrar soluções que possam inibir os vícios tão comuns na “vida real”. Já iniciativas como a Sthorm reforçam nossas esperanças com relação a um uso mais consciente da tecnologia e o abandono de valores voltados exclusivamente para o lucro.