O lambe-lambe é uma forma de comunicação visual que surgiu no início do século XX e desempenhou um papel importante na disseminação de informações e propagandas em diversas cidades ao redor do mundo. Essa técnica artística consiste na produção manual de cartazes, geralmente em formatos pequenos e médios, colados em paredes ou postes públicos, utilizando cola ou água.
A história do lambe-lambe remonta ao final do século XIX, quando a fotografia começou a se popularizar. Inicialmente, a produção desses cartazes era bastante rudimentar, com artistas pintando à mão os cartazes ou usando técnicas de estêncil para reproduzir imagens e textos. No entanto, com o tempo, a fotografia foi incorporada ao processo, permitindo uma maior precisão na reprodução de imagens.
O lambe-lambe ganhou notoriedade como uma forma de propaganda acessível e de rápida disseminação. Empresas e comerciantes aproveitaram essa mídia para anunciar produtos e serviços, já que a sua aplicação em locais de grande circulação garantia uma audiência significativa. Além disso, os custos de produção eram relativamente baixos, o que permitia que pequenos negócios também utilizassem essa forma de publicidade.
Essa técnica também teve um papel importante na disseminação de notícias e informações culturais. Jornais e revistas costumavam usar o lambe-lambe para divulgar manchetes ou eventos importantes, criando uma rede de comunicação visual que se espalhava pelas cidades.
Contudo, o lambe-lambe não estava isento de críticas. Por ser uma mídia de uso público, muitas vezes os cartazes eram sobrepostos uns aos outros, criando um cenário caótico e confuso. Além disso, a propaganda em excesso poderia poluir visualmente o espaço urbano e causar incômodo aos moradores.
Com o passar do tempo e o avanço das tecnologias de impressão e comunicação, o lambe-lambe foi gradualmente substituído por outras formas de publicidade, como cartazes impressos em larga escala, outdoors e, posteriormente, anúncios digitais. Ainda assim, o lambe-lambe sobreviveu em algumas cidades, muitas vezes como uma expressão artística de movimentos culturais e urbanos, tornando-se uma parte importante da história da comunicação visual e da cultura urbana.
