Fotografia Fine Art: equipamentos parte 1

Fotografia fine art
Fonte: Wikimedia Commons

A fotografia, em seus primórdios, era uma atividade complicada. A necessidade de equipamentos pesados e produtos químicos para sensibilizar, revelar e fixar as imagens  faziam da prática fotográfica algo bastante restrito. Em 04 de setembro de 1888 George Eastman registrou a marca Eastman Kodak. Ele foi o inventor do filme de rolo, em 1884, e em 1888 recebeu o registro da patente para a câmera projetada para utilizar o filme por ele inventado. Com a frase “Você pressiona o botão, nós fazemos o resto” começou o processo de popularização da fotografia. Em 1900 ele lançaria o modelo Brownie e, com a câmera ao preço de 1 dólar, o processo estaria completo.

 

Fotografia fine art

Fonte: Wikimedia Commons

 

As inovações não pararam e hoje temos uma variada gama de possibilidades. A fotografia fine art precisa de equipamentos um pouco mais “potentes” e a dúvida sempre aparece: afinal, qual equipamento devo adquirir? É complicado responder a esta questão, pois depende muito do tipo de trabalho desenvolvido dentro da fotografia e do quanto se está disposto a gastar. Existem vários sites especializados que divulgam a lista das X melhores câmeras, é sempre bom observar quais aparecem na seleção. Sem entrar no mérito das marcas, cada uma tem seus prós e contras, mas o básico que você precisa ter em mente é (com relação às DSLR’s, que são as mais utilizadas):

1) Sensor: se não for full frame (que corresponde ao frame do filme 35mm) deve-se atentar para o fator de corte na hora de fotografar, o tamanho reduzido do sensor provoca diminuição do ângulo de visão, além de receber menos luz e produzir arquivos menores.

2) Resolução do sensor: quanto maior a quantidade de pixels maior será o tamanho máximo que você poderá imprimir sua foto. Existem limites que precisam ser levados em conta para que a imagem impressa preserve qualidade e nitidez. Uma câmera com sensor full frame irá proporcionar um arquivo maior, logo a possibilidade de cópias maiores.

3) ISO: é a sensibilidade à luz, quanto maior o ISO, mais ruído. Ruído são partículas de cor que aparecem de maneira aleatória nas partes escuras da foto. São comparadas aos grãos dos filmes da fotografia analógica, mas enquanto estes são até certo ponto desejados, o ruído da digital pode ser visto como um problema. As câmeras novas conseguem segurar bem, mas eles ainda podem aparecer nas sensibilidades mais altas.

 

Fotografia fine art

Fonte: site Canon

 

4) Lentes: dois conceitos são importantes com relação às lentes: distância focal e diafragma. A distância focal determina o ângulo de visão, quanto menor a distância maior o ângulo de visão (mais aberto) e quanto maior a distância focal, menor o ângulo de visão (mais fechado). O diafragma é a abertura por onde passa a luz. Quanto menor o número do diafragma, ex. f/2.8, maior a abertura, mais luz e menos profundidade de campo. Quanto maior o número do diafragma, ex. f/22, menor a abertura, menos luz e mais profundidade de campo. As lentes podem ser do tipo zoom, o que significa que a distância focal pode variar, ex. 18mm – 135mm, ou o tipo fixa, a distância focal não varia, ex. 50mm (ou normal). Os valores do diafragma também variam de acordo com o tipo de lente. A escolha da lente envolve pensar em qual o tipo de fotografia que será feita, cada uma vai demandar um tipo de lente. Para conhecer as várias opções visite o site Canon College, tem vários tipos de lentes e seus usos mais frequentes (não é patrocinado, mas sou #teamCanon caso queiram saber!): https://college.canon.com.br/dicas/descubra-qual-e-o-seu-tipo-de-lente-65

 

Fotografia fine art

Fonte: Canon College

 

Esse foi o básico com relação às câmeras, como disse no começo as possibilidades são as mais variadas, é muito válido pensar sobre qual equipamento eu preciso para fazer determinado tipo de foto. Dessa maneira é possível escolher de modo mais assertivo e investir naquilo que será realmente utilizado. É sempre bom visitar os sites especializados e das marcas para saber o que cada câmera oferece, e lembre-se: o melhor equipamento é aquele que você pode comprar. O espaço acabou, mas ainda falaremos um pouco mais sobre equipamentos no próximo post: iluminação, computadores/softwares e impressão e mais um pouco pra frente como alguns “problemas” como resolução e ruído podem na verdade ser muito úteis na fotografia fine art. Para a galera #teamNikon, não fiquem tristes, minha primeira câmera foi uma FM10 e a tenho até hoje. Até já!

 

Fotografia fine art

Foto: Ana Paula Umeda