No bate-papo de hoje falaremos sobre papéis fine art e algumas dicas para ir além das impressões de fotos. Quando pensamos em fine art, uma das dúvidas mais comuns é com relação ao papel. Qual papel devo escolher? Qualquer papel pode ser utilizado? A grande variedade pode assustar no começo, mas assim que começamos a ter contato com esse universo, aos poucos, as dúvidas vão se dissipando.
Uma impressão, para ser considerada fine art, precisa ser feita em impressora jato de tinta com pigmentação mineral e utilizar papéis fine art. Aqui vamos reforçar que papéis fine art são diferentes de papéis artísticos. A Hahnemühle, por exemplo, possui as duas linhas e ambas apresentam grande qualidade e beleza, mas existem diferenças que determinam os usos de cada uma.
Os papéis artísticos são aqueles utilizados para trabalhos com aquarela, grafite, carvão, crayon, etc. De acordo com informações da fabricante, todos os papéis Hahnemühle são fabricados com matéria-prima selecionada a base de algodão ou alfacelulose, isentos de lignina, livres de ácido, ph neutro, resistentes à luz e de longa durabilidade. Sem uso de gelatina ou outros derivados animais. Fabricados com água pura, sem necessidade de tratamento químico e naturalmente resistentes contra fungos e bactérias.
Os papéis fine art também são fabricados com os mesmos cuidados, mas além disso, para a impressão jato de tinta, precisam de um revestimento especial (coating) para que 1) a tinta seja recebida de maneira regular na superfície do papel; 2) para dar uniformidade ao preencher irregularidades e 3) proteção contra água. Os diferentes tipos de revestimentos determinarão ainda as características do acabamento do papel: fosco, semi-brilho ou brilhante.
Nos dois casos temos opções de papéis lisos ou com textura. Entre os fine art ainda contamos com o canvas (tecido), que também pode ter acabamento fosco, semi-brilho ou brilhante. A escolha do papel é bastante pessoal e cada trabalho pode, ele mesmo, demandar um determinado tipo de suporte. Procure ver os papéis “ao vivo” para conhecer suas características e peculiaridades e para todas as dúvidas conte sempre com seu impressor.
É bom ter em mente que as impressões feitas em canvas precisam ser esticadas em um chassi de madeira, como uma pintura, e as impressões em papel precisarão de moldura ou serem acondicionadas em caixas ou álbuns confeccionados com material de conservação. São esses cuidados na pós-produção que também garantirão a longevidade da obra. Abaixo eu deixo alguns links onde os papéis podem ser comprados. Se conhecer mais algum é só deixar o link nos comentários:
https://www.dinashop.com.br/papel-fineart.html
https://www.portalfineart.com.br/
https://www.molducenter.com.br/
Caixas e álbuns foram brevemente citadas acima. Pois é, essas são algumas das possibilidades para além da foto na parede. Projetos e portfólios de fotografias fine art podem ser apresentados em caixas ou ainda em álbuns. Os materiais utilizados na confecção precisam neutros e livres de ácido para garantir a conservação das fotos.
https://libelus.com.br/produto/portfolio-9/
https://libelus.com.br/produto/portfolio-caixa-de-solander/
Fotolivros também são uma ótima opção. Aqui precisamos atentar para as várias possibilidades. Desde os fotolivros tradicionais confeccionados por encadernadoras e/ou gráficas, como Digipix ou Ipsis Gráfica até trabalhos mais artesanais com tiragens menores que também poderíamos chamar de livro de artista. Vale a pena visitar o site da Lovely House, uma casa de publicações de arte, fotografia e design com grande espaço para autores independentes em seu catálogo. Os fotolivros podem ter texto ou não, mas é preciso reforçar que a predominância, na narrativa, é da fotografia.
Uma imagem impressa é uma imagem impressa. Seja pendurada na parede, num varal ou ao alcance das mãos, com ou sem texto, as histórias podem ser contadas das mais variadas maneiras. O único limite é a criatividade. Você conhece mais algum jeito interessante de montagem? Deixe nos comentários!