Nesta terça (8/12), às 9h, o Itaú Cultural, abre na plataforma Google Arts & Culture a exposição virtual Fotografia Modernista Brasileira, com um recorte de 70 obras assinadas por 25 artistas.
Elas integram a Coleção Itaú Cultural, que reúne, no total, 160 fotografias, de 38 artistas, deste segmento. A curadoria é do Núcleo de Artes Visuais e a organização, do Núcleo de Acervo do instituto.
As imagens reunidas nessa mostra virtual destacam os trabalhos realizados entre as décadas de 1940 e 1970 e reforçam a ruptura formal, promovida pelo modernismo fotográfico, com as normas tradicionais apresentadas até então.
As obras escolhidas para a exposição refletem o olhar de fotógrafos e fotógrafas. Apresenta com destaque obras de mulheres, como Palmira Giró e Alice Kanji, que integraram o departamento feminino do Foto Cine Clube Bandeirante (FCCB), quase uma década após sua fundação.
Entre eles e elas, o conjunto de artistas mudou conceitos ao observar as grandes cidades e as transformações do espaço urbano brasileiro, ilustrando a coerência do discurso estético difundido em seus encontros e rede de contatos.
Fotografia Modernista Brasileira é dividida em sete eixos de apresentação. O primeiro, chamado O Foto Cine Clube Bandeirante, traz um panorama das convenções ali criadas. Na sequência, em Dos Fotoclubes aos Museus, o foco passa a ser a produção fotográfica realizada entre as décadas de 1940 e 1950, destacando fotógrafos que já não eram tão influenciados pelo pictorialismo e buscavam a construção de uma nova linguagem, como é o caso de Geraldo de Barros e German Lorca.
Mulheres no Foto Cine Clube Bandeirante, retrata o ingresso das fotografas no clube paulistano de fotografia, trazendo nomes como Dulce Carneiro, Gertrudes Altschul, Palmira Giró e Alice Kanji. O eixo Estética Modernista trata da forte influência que sofreu a fotografia moderna brasileira dos movimentos de vanguarda da Europa e dos Estados Unidos, com destaque para obras do Grupo Ruptura.
O quarto eixo, Formas, contém obras que ressaltam a ruptura estética proposta pelo movimento de artistas modernistas no campo da fotografia. Seu sucessor, Primor da Técnica, vai no mesmo embalo e exacerba a experimentação de técnicas e materiais, que é uma forte característica da produção fotoclubista. Do Objetivo à Subjetividade mostra as cidades, temas e sujeitos que influenciaram os fotógrafos.